quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Beleza hedionda


Augusto dos Anjos por Ramon Muniz


Por Wagner Shadeck
Ilustração de  Ramon Muniz
Do Jornal Rascunho


Uma das poesias mais singulares da literatura brasileira é a de Augusto dos Anjos (1884-1914). A fortuna crítica sempre esteve em contradição entre a que escola o poeta paraibano pertence. Alguns advogaram que ele deveria ser parnasiano, devido ao gosto pelo soneto. Outros viam algo em sua temática mórbida um segmento romântico. Alguns o associaram ao simbolismo, devido à musicalidade de seus versos. E houve ainda outros que lhe viam as confluências típicas na época intermediária entre o início do século 20 até a Semana de arte moderna, de 1922, enquadrando-o no chamado pré-modernismo. Portanto, é como se na poesia de Augusto dos Anjos estivessem todas elas, mas ela não participasse de todas. Seria realmente um caso de poesia teratológica?

Como dizia Silveira Bueno (1898-1989), trata-se, sem dúvida, de uma poesia de monstros, mas também de uma poesia monstruosa. Neste sentido, não se pode idealizar o monstro; embora ingente, tampouco devemos temê-lo. É preciso contemplar-lhe o conjunto, não tentando domesticá-lo, nem exorcizá-lo. Quando olharmos para ele com olhar isento, veremos que é possível traçar-lhe uma genealogia aproximativa, o mais coerente possível.

Um dos que melhor soube compreender a poesia de Augusto dos Anjos foi Hermes Fontes (1888-1930). Para ele o livro de Augusto “é a dolorosa viagem através de sua personalidade”. Mas foi Gilberto Freyre (1900-1987) quem primeiro notou em sua poesia algo de expressionista, destacando o poeta como pensador. E em relação a isso, lamentava: “Pensar no Brasil é uma espécie de pecado intelectual”. Em famoso ensaio, A costela de prata de Augusto dos Anjos, o crítico alemão Anatol Rosenfeld (1912-1973) também aproxima a poética de Augusto dos Anjos ao expressionismo, particularmente à poesia de Gottfried Benn (1886-1956). Façamos uma comparação tendo como exemplo um poema do expressionista alemão.

Requiem

Auf jedem Tische zwei. Männer und Weiber
kreuzweis. Nah, nackt, und dennoch ohne Qual.
Den Schädel auf. Die Brust entzwei. Die Leiber
gebären nun ihr allerletztes Mal.
Jeder drei Näpfe voll: von Hirn bis Hoden.
Und Gottes Tempel und des Teufels Stall
nun Brust an Brust auf eines Kübels Boden
begrinsen Golgatha und Sündenfall.
Der Rest in Särge. Lauter Neugeburten:
Mannsbeine, Kinderbrust und Haar vom Weib.
Ich sah von zweien, die dereinst sich hurten,
lag es da, wie aus einem Mutterleib.

Réquiem

Mesa pra dois. Mulher e homem cingidos.
Enviesados, nus. Mas sem tormento.
Cabeça aberta. Mas peitos partidos.
Do ventre o derradeiro nascimento.
Três compotas: de cérebros a escrotos.
Templo de Deus e Fábrica do Diabo
Cara a cara ora escarneciam rotos
Do Gólgota e da Queda num lavabo.
O espólio encaixotado. Renasceram
Recortes de homem, bustos infantis
E coroas, das que já se venderam,
Como oriundos de uma única matriz.

[Tradução: Wagner Schadeck]

Podemos notar a sintaxe incisiva característica do poeta e médico. Os versos são abruptamente cortados. E embora se trate de línguas de sintaxe distintas, na medida do possível, os períodos curtos foram preservados na tradução, o que causa uma sensação semelhante a uma incisão cirúrgica. Todo o poema parece se desenvolver de modo a frustrar a expectativa do leitor. Mas essa quebra não causa humor, antes horroriza, espanta. Todas as estrofes apresentam alguma imagem cotidiana: o encontro, o jantar e a mudança. Por meio de comparações, as expressões ambíguas nos revelam o hediondo: o encontro amoroso entre cadáveres numa mesa de autópsia, os órgãos expostos como iguarias e os caixões com corpos esquartejados.

Concentração de elementos

Por outro lado, ainda que minuciosa e clínica, a poesia de Augusto dos Anjos não apresenta esse mesmo recurso sintático, nem privilegia as ambiguidades que quebram a expectativa para horrorizar. A sintaxe de Augusto dos Anjos privilegia o preenchimento estrófico e a concentração de elementos. Porém, em ambos os poetas há semelhanças: um eu-lírico clínico (Benn era médico; Augusto se dizia o doutor tristeza e o poeta da morte), um gosto pelo inusitado, o uso de um vocabulário vasto (de jargões científicos e metafísicos a expressões populares) e o pessimismo em relação à natureza humana. Embora médico, Benn não se coloca como agente da cura, mas como agente da morte, em Augusto dos Anjos, além de cantar “a poesia de tudo o quanto é morto”, o erotismo é uma mera necessidade biológica. Por exemplo nos poemas A fome e o amor, Versos de amor e Idealismo.

O amor da Humanidade é uma mentira.

Entretanto, é pouquíssimo provável que o poeta paraibano tenha lido poetas alemães como Benn, Heym e Trakl. E embora dedique um soneto ao pensamento de Nietzsche, o filósofo niilista que defendia o renascimento de um novo homem[1], algo que aparece no final do longo poema Os doentes, Augusto dos Anjos não pertenceu à escola expressionista. Por outro lado, dadas as semelhanças, é possível que exista algo em comum entre o estilo do poeta paraibano e os expressionistas. Classificando-o como simbolista de vertente expressionista, o poeta e organizador de sua obra completa, Alexei Bueno ainda o aproxima de Cesário Verde e Baudelaire. O que nos leva a pensar que existe uma poética anterior a quaisquer movimentos, semelhante a esses poetas. E então o que seria próprio desse estilo? Qual são suas características? Seria um gosto pelo insólito? Seria a temática mórbida? Ou estaria na forma concentrada e em rimas inusitadas? Já vimos que em comparação com Benn as semelhanças são menos formais do que essenciais. Portanto, comparemos essas duas outras poéticas sugeridas pelo poeta carioca.

A composição estrófica de Augusto dos Anjos é muito parecida com a do poeta português Cesário Verde (1855-1886). Durante a construção poética é como se cada estrofe fosse meditada antes da escrita, privilegiando rimas inusitadas e o fecho do pensamento, como blocos compactos de conceito, imagem e som. No entanto, enquanto a dinâmica de Cesário Verde é um passeio pelo presente, a de Augusto dos Anjos é quase sempre noctívaga. Vejamos como ambos tratam de um tema como a prostituição.

E saio. A noite pesa, esmaga. Nos
Passeios de lajedo arrastam-se as impuras.
Ó moles hospitais! Sai das embocaduras
Um sopro que arrepia os ombros quase nus.
Livro de Cesário Verde: Sentimento de um ocidental – II. Gás.
Talvez tivésseis fome, e as mãos, embalde,
Estendeste ao mundo, até que, à toa,
Fostes vender a virginal coroa
Ao primeiro bandido do arrabalde.

Augusto dos Anjos. Eu: Os doentes

Tecnicamente próximos, em outros momentos, os poetas ainda mostram uma visão da cidade vista de passagem. Esse sentimento do flâneur é anterior a ambos. Além dessa técnica, em comum com Charles Baudelaire (1821–1867), é evidente também o gosto pelo bizarro, pelo inusitado e pelo grotesco, a assimilação de conceitos distantes, quando não antagônicos (como beleza e fealdade), em suma, como em Benn, a presença da beleza hedionda. O melhor exemplo dessa associação entre o belo e o bizarro seria o poema Uma carniça, de Baudelaire. Entretanto, o hediondo é um elemento que aparece em vários momentos da história da literatura ocidental, do pé pustulento de Filoctetes, de Sófocles (496 a.C.?-406 a.C.), à lepra que carcome Jó, do Velho Testamento, passando pelas lendas medievais, como a do Coração comido, retomada por Dante Alighieri (1265-1321), no primeiro soneto do livro Vida nova, ou ainda em vários episódios da Divina comédia (A tragédia de Ugolino, por ex., Canto XXXIII, do Inferno), ou mesmo a necrofilia de Noches lúgubres (1775), do espanhol José Cadalso, chegando à poética psicológica da beleza mórbida, efetivada por Edgar Allan Poe (1809-1849). A pletora de referências também faz parte desse estilo. É por isso que, nesse sentido, o hediondo é uma herança da tradição, sem a qual nem Baudelaire e nem Augusto dos Anjos poderiam desenvolver suas poesias.

No poema já citado, Uma carniça, por exemplo, Baudelaire utiliza amplamente os recursos da língua francesa para associar o belo ao bizarro. No primeiro verso do poema, mantendo a distância pelo tratamento, o poeta relaciona o vocativo “minha alma” com “carniça infame”, e também na paisagem da “bela manhã de estio” apresentar o “leito semeado de pedras”, como uma alcova eroticamente semeada de pétalas de rosas, onde, em vez de uma “lúbrica mulher”, abrindo as pernas, há uma carniça. Trata-se de uma dessacralização do erotismo parecida com aquela que será promovida por Benn e Augusto dos Anjos.

Linguagem variadíssima

Na poesia de Augusto dos Anjos também há essa associação de elementos distantes, uma pletora de referências, um vocabulário que vai do prosaísmo reles até à metafísica, etc. Mas como a língua portuguesa não dispõe dos mesmos recursos da francesa, o poeta paraibano recorre amiúde a uma linguagem variadíssima. Então, além de terminologia científica, ele costuma também recorrer a arcaísmos, como o do galego-português “alcouces” (prostíbulos), associados com termos corriqueiros, como “doces”, ou ainda conceitos teológico como “místicos”, com o usual “característicos”, etc.

Em certa medida uma crítica desfavorável como a de Medeiros e Albuquerque (1867-1934) pôde nos mostrar algo sobre esse estilo que os outros não viram. Criticando-lhe rigorosamente a terminologia científica, Medeiros e Albuquerque dizia que Augusto dos Anjos tem “a rima rebuscada de (por exemplo) ‘acode-a’ com ‘prosódia’”, e “tem em muitos lugares rimas desse modo estranhas”. Depois de destacar dois quartetos e um terceto — talvez inconscientemente tenha-lhe notado que, por meio do mecanismo das rimas interpoladas, o poeta encontre preferencialmente os contrastes conceituais entre o segundo e o terceiro verso e, mesmo nos tercetos, que em geral formam um bloco em sextilha dupla, resolva os contrastes conceituais, fechando o poema na famosa chave de ouro —, o crítico acrescenta um comentário importantíssimo: “Esta procura de rimas estranhas tem sido feita sobretudo em versos humorísticos…”

De fato, em geral, o inusitado e o insólito são causa de humor. Albuquerque notou no estilo de Augusto um recurso humorístico, mas que não era utilizado para causar o riso. Como vimos, é o mesmo recurso que causa o humor negro, na poesia de Benn. O que Albuquerque não aponta é que esses recursos de rimas insólitas e inusitadas são uma constante em poetas como Baudelaire, Cesário Verde, Gottfried Benn e Augusto dos Anjos. Elas causam o efeito do novo, do inesperado, do horror.

Todas as divindades malfazejas,
Silva e Arimã, os duendes, o Yn e os trasgos,
Imitando o barulho dos engasgos,
Davam pancadas no adro das igrejas.

As Cismas do Destino

Mas ao contrário da quebra de expectativa comum em peças humorísticas, ao misturar conteúdos diversos, o sublime e o reles, apontando para a miséria humana, esse efeito nos espanta. Na quadra supracitada, por exemplo, as palavras pouco usuais são colocadas em lugares estratégicos, em geral na posição de rimas, como “malfazejas” (rima A) e “trasgos” (rima B). O andamento decassílabo faz com que a expectativa de conclusão cíclica da rima seja prolongada. O sentido só se fecha previamente com “engasgos” (rima B), fazendo com que a conclusão da quadra recaia num substantivo comum, “igrejas” (rima A). Internamente, as aliterações sonorizam a cena: “barulho”, “pancadas” e “adro” reproduzem essa algazarra funesta, graças aos encontros consonantais em “b”, “r”, “lh”, “p”, “c”, d”, e também a sibilante “s”. É a sonoplastia das entidades demoníacas, atacando uma igreja. Mas esses recursos técnicos são muito diferentes do preciosismo parnasiano. Convém lembrar a admoestação que Manuel Bandeira (1886-1968) dirigia aos parnasianos brasileiros, mostrando que existe uma sensibilidade diferente entre o francês e o português. A busca pela rima rica ou rara era antes um defeito em muitos parnasianos porque: “A rima rica francesa não implica o sacrifício da simplicidade vocabular: ela se pode obter com palavras de uso comum. A rima rara portuguesa é quase sempre um desastre”.

Ao contrário de parnasianos que privilegiavam as descrições estáticas (ecfrasis), lançando mão de rimas raras e de conceitos próximos, de uma temática anedótica e erótica, em Augusto dos Anjos os conceitos são distantes, de temática filosófica e pessimista e o rimário busca rimas inusitadas.
Discípulo de Baudelaire, o poeta e pianista francês Maurice Rollinat (1846-1903) também desenvolveu o estilo de poesia hedionda. Embora hoje esteja um tanto esquecido, em seu tempo o autor de As neuroses (1883) foi muito apreciado. Em poemas como Les Magasin des Suicides (Loja dos suicidas) já aparece uma terminologia que lembra a do poeta paraibano. “Noz-vômica” e “horóscopo” são termos já usados pelo poeta francês, além de uma espécie de uma poética de autoanálise. Anterior ao Surrealismo, em Rollinat o eu-lírico se coloca no divã da poesia para confessar as perturbações de sua psique, algo que lembra bastante o famoso soneto Psicologia de um vencido, de Augusto dos Anjos. Outro exemplo é o longo poema narrativo, L’Enterré vif (O enterrado vivo, parafraseado por Raimundo Correia). Trata-se da história fantástica de um caixão, do velório ao sepultamento. O mesmo tema é sintetizado por Augusto dos Anjos, num soneto como O caixão fantástico:

Célere ia o caixão, e, nele, inclusas,
Cinzas, caixas cranianas, cartilagens
Oriundas, como os sonhos dos selvagens,
De aberratórias abstrações abstrusas!
Nesse caixão iam talvez as Musas,
Talvez meu Pai! Hoffmânnicas visagens
Enchiam meu encéfalo de imagens
As mais contraditórias e confusas!
A energia monística do Mundo,
À meia-noite, penetrava fundo
No meu fenomenal cérebro cheio…
Era tarde! Fazia muito frio.
Na rua apenas o caixão sombrio
Ia continuando o seu passeio!


Qual outro poeta brasileiro usaria aliterações em “C”? Ao contrário do poema de Rollinat, ou de um poema como Momento num café, por Manuel Bandeira, neste soneto aparece alegoricamente o cortejo do caixão da humanidade. Além disso, longe da poética parnasiana, as rimas inusitadas de Augusto dos Anjos têm o efeito esteticamente mais próximo da poética inglesa. O gosto inglês prefere rimas inusitadas e insólitas que surjam com certa naturalidade, mas que espantem o leitor. Influenciado por Poe, Baudelaire e Rollinat usaram este efeito em francês. Em português, por conseguinte, o inusitado por um dos efeitos mais explorados por Cesário Verde e Augusto dos Anjos. E embora o poeta paraibano use assonâncias e aliterações, como outros poetas brasileiros, por exemplo Cruz e Sousa e Raimundo Correia, é o efeito inusitado que o diferencia de todos; é esse efeito, em suma, o que Victor Hugo sentiu na poesia de Baudelaire, aquele frisson nouveau.

Não haver terapêutica que arranque
Tanta opressão como se, com efeito,
Lhe houvessem sacudido sobre o peito
A máquina pneumática de Bianchi!

Os doentes

A rima interpolada entre o verbo “arrancar” e o nome do inventor “Bianchi” é um ótimo exemplo de inusitado. Ao contrário do rigor mortis parnasiano, movimentada pelo verbo “sacudir” no centro da quadra, a própria metáfora da opressão do peito é insólita. Outro aspecto singular da poética hedionda de Augusto dos Anjos é o uso de um verso bárbaro. Como dizia Gilberto Freyre: “Em muitos de seus versos a aspereza de sons não é evitada nem mesmo disfarçada, mas procurada”.

Além do uso de sinérese, aglutinado até três vogais, da construção de versos ricos em aliterações (bem mais do que um Cruz e Sousa, geralmente associado ao gosto por esse efeito) e assonâncias, como bem lembra Alexei Bueno, Augusto dos Anjos também lança mão de neologismos, como “ruído-clarão” (Numa forja), e mesmo parece optar por um verso, ao um só tempo, concentrado e volumoso, optando por palavras com choques consonantais, como em “abrupto”, ou ainda justapostas, como “ultrafatalidade”. Desta forma, embora mesmo na ortografia etimológica as consoantes mudas não fossem lidas, é incrível o impacto visual da união de um radical grego com uma palavra hebraica, como em “pseudo-psalmo” (Os doentes). Foi o que levou Rosenfeld a afirmar: “Da mesma forma como as palavras, o mundo de Augusto dos Anjos é, por assim dizer, na sua essência, proparoxítono, esdrúxulo, dissonante”.

No mundo do Eu, letra e espírito são um só. Daí reaparecerem nele temas oriundos do barroco e pré-romantismo algo-saxão, como o Vanitas e as meditações no cemitério, o Memento Mori, acrescidos de outros conceitos, como o Nirvana budista e o Agnus Dei Qui tollis peccata mundi cristão, em seu desejo de ser sacrificado pela humanidade sofredora. Esses temas, no entanto, são absorvidos pelo pensamento de Augusto, e o Eu representa uma espécie de suma.

Desta forma, tal como Shakespeare, misturando o cômico com o trágico, embora utilize o inusitado provindo da poesia humorística, no poeta paraibano o sublime encontra o reles, os conceitos universais da metafísica são aclimatados à realidade, o ufanismo científico é testado com a inevitável morte individual e solitária, a religiosidade cristã é experimentada na fé que nasce do absurdo e da precariedade do mundo e, despida do ideal romântico da bondade, a natureza é nefasta e o amor, carência e fome. Constituindo, portanto, uma unidade, dos elementos estilísticos ao conjunto, a bela e hedionda poesia do Eu de Augusto dos Anjos está, sem dúvida, ao lado de grandes obras da literatura universal.

[1] Otto Maria Carpeaux identificou nisso a essência do expressionismo. Cf. CARPEAUX, Otto Maria. História Concisa da Literatura Alemã. Faro Editorial, 2013

*Possui especialização em Desenvolvimento editorial pela PUC-PR. É poeta, tradutor e editor.

2 comentários:

  1. Confiram, por favor, a versão revista pelo autor: https://editoraanticitera.wordpress.com/2015/08/13/beleza-hedionda/

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